Há cerca de um mês, o ATUAL7 vem revelando quem são os fantasmas da AL-MA e como a Casa vem manobrando para ser desobrigada de forneçer à Justiça a relação completa de todos os deputados estaduais e servidores (efetivos, comissionados, contratados e requisitados) lotados na Casa, com indicação de cargo, remuneração do mês de maio deste ano (inclusive verba de gabinete e eventuais vantagens) e lotação.
Atentado à Liberdade de Imprensa e Informação
Ao chegar na sala do RH, o editor do ATUAL7 identificou-se, informou que estava produzindo uma reportagem sobre os fantasmas da AL-MA, e pediu para falar com Luana Saboia Almeida, por ela ter sido apontada como uma das centenas de funcionárias fantasmas da Assembleia Legislativa. A atendente, identificada apenas como Alice, inicialmente disse que não poderia dar nenhuma informação a respeito de servidores, mas logo depois mudou a versão e informou que havia uma Luana trabalhando no setor, mas não soube informar quem era, que horas pode ser encontrada e nem o que faz.
Um outra pessoa do RH, não identificada, foi chamada. Esta, porém, afirmou que não daria qualquer informação até saber quem estava passando informações sobre a existência de fantasmas na AL-MA. Alertada de que estava negando informações públicas, ela informou que iria chamar o diretor do RH, e que somente ele poderia passar as informações solicitadas.
Minutos depois de espera, dois seguranças da Casa, identificados como Major Diógenes Azevedo (foto acima) e Sargento Vasconcelos, acompanhados de uma segurança ainda não identificada, chegaram na sala perguntando "quem era". O editor do ATUAL7 foi então apontado pelas duas pessoas do RH, e ordenado pelo Major Diógenes e pelo Sargento Vasconcelos a se retirar do local. Ao questionar o porque da ordem e quem a havia determinado, o Major Diógenes respondeu que o blogueiro não poderia chegar no RH fazendo "aquele tipo de pergunta" e que só poderia entrar na AL-MA após se identificar no setor de Segurança. Os seguranças passaram então ameaçar o blogueiro para que saísse do local, do contrário seria retirado a força.
Ciente do atentado grave contra a liberdade de imprensa e de informação, Yuri Almeida avisou aos seguranças que eles estavam agindo em abuso de autoridade, e pediu que eles parecem de ameaçá-lo e gritar com ele. Alterado, o major Diógenes Azevedo aumentou ainda mais a voz e passou a perguntar se Almeida o estava ameaçando. O blogueiro informou que não era ameaça, mas um pedido para que o respeitasse e não alterasse a voz, pois ele estava no local apenas fazendo o seu trabalho. O major disse que iria continuar falando do mesmo jeito, pois quem dava as ordens ali era ele.
Neste momento, as duas funcionárias do RH informaram a Yuri Almeida que ele não seria atendido pelo diretor-geral do setor e que qualquer informação sobre servidores só poderia ser dada pelo diretor de Comunicação da Assembleia, Carlos Alberto. O major e o sargento, então, obrigaram Almeida a sair da sala, alertando que ele não teria mais porque continuar no local após o diretor Eduardo Pinheiro Ribeiro informar que não iria recebê-lo.
Ação foi registrada por câmeras
Já no corredor que dá acesso ao RH, os seguranças ainda disseram que o blogueiro deveria acompanhá-los, e voltaram a afirmar que Almeida só poderia voltar ao local após autorização do setor de Segurança da Casa. A segurança ainda não identificada disse que para ir ao local seria necessário primeiro protocolar um pedido para, se aceito, autorizar a volta ao local.
O editor do ATUAL7 ainda se identificou, por meio de documentos, aos seguranças, e informou que toda a ação seria denunciada ao presidente do Comitê de Imprensa da Assembleia Legislativa, jornalista Jorge Vieira, inclusive informando os nomes de ambos. O Sargento Vasconcelos apontou então para o crachá funcional e disse que não temia qualquer ação, pois ele era PM.
Toda a ação foi registrada pelas câmeras de segurança do RH e do corredor que dá acesso ao setor, e acompanhada por pelo menos 10 servidores do Recursos Humanos. As imagens das câmeras serão solicitadas.
Yuri Almeida ainda tentou falar com o diretor de Comunicação, Carlos Alberto, sobre o ocorrido. No Complexo de Comunicação da Assembleia, porém, um outro segurança informou que não havia ninguém no local além dele. O editor do ATUAL7, que passou a ser monitorado por todos os seguranças da Casa, ainda tentou falar com o chefe de Segurança da AL-MA, Coronel Marco Antônio Pimentel, porém foi informado por seus subordinados de que o coronel estaria em reunião e que não poderia atendê-lo.
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