E se o PT afundar, como fica Flávio Dino?

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Terminado o primeiro turno das eleições de 2014, Flávio Dino jogou todas as suas fichas na eleição da presidente Dilma Rousseff. Ainda em 2015, quando o maranhão esperava a tão prometida mudança, o governador resolveu ser o cão-de-guarda oficial do PT. Flávio apostava no apoio do governo e, dizem alguns, sonhava em ser ungido candidato a presidente em 2018. Parece que perdeu…

É certo que o PT passa por uma crise que pode resultar no esfacelamento do partido. Com a delação de Delcídio, o clima é de salve-se quem puder em Brasília. Apenas um milagre pode salvar o PT tanto na gestão da crise política quanto na resolução da crise econômica. Neste cenário, é impossível não acreditar que seus aliados sairão afetados. E é aí que entra nosso ilustre governador.

Flávio Dino abortou seu primeiro ano de governo para posar de salvador do petismo. Teve um primeiro dia de governo digno de homens destinados a entrar para a história. Quando enxergou a possibilidade de se tornar um “amigão” de Dilma, deixou o Maranhão de lado.

Hoje Flávio Dino deve assistir atônito o desmoronamento do “sonho”.

Não fez os cortes que deveria para resistir a uma situação de crise.

Não fez o planejamento que poderia (vide a dança de secretários) para ter independência.

Não deixou portas abertas para um possível momento pós-PT. Aliás, a animosidade de Flávio Dino em 2015 contra os adversários do petismo irá lhe custar muito caro em caso de queda do governo.

Caso Michel Temer ou Aécio neves assumam, Flávio Dino será um governador isolado. E se o peemedebista assumir, a situação será desesperadora.

Ironia do destino: Flávio Dino sempre foi um dos maiores entusiastas do petismo. Hoje tem seu governo fragilizado pela crise econômica criada pelo PT e pode ser tragado pelo furacão que pode destruir o partido.

E se o PT afundar, como fica Flávio Dino?