Apesar da preocupação com a dignidade humana externada pelo deputado Wellington do Curso (PPS) - e por apenas mais outros dois, de 42 parlamentares
abrigados na Casa do Povo -, a proposta de criação de uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) para apontar a causa e os responsáveis
pela morte de quase 200 bebês, só em 2014, na Maternidade Carmosina
Coutinho, a "Maternidade da Morte", em Caxias, não será aprovada pela
Assembleia Legislativa do Maranhão.
A abertura da CPI deve esbarrar no histórico de corrupção encabeçado
pelo próprio presidente da Casa, deputado Humberto Ivar Araújo Coutinho
(PDT), coronel da oligarquia que comanda o município há mais de uma
década.
Durante sua passagem pela Prefeitura de Caxias, Humberto Coutinho
desviou o total de R$ 523.479,19 (quinhentos e vinte três mil,
quatrocentos e setenta e nove reais e dezenove centavos) do Sistema
Único de Saúde (SUS) por meio de um convênio assinado entre o Estado e a
prefeitura, cujo destino seria a aquisição de equipamentos para
implantação da UTI Pediátrica no Hospital Materno Infantil "Sinhá
Castelo". A acusação é do Ministério Público.
Além de embolsar a verba desviada da melhoria da maternidade, e que
poderia ter evitado ou pelo menos diminuído a matança dos bebês, na
mesma época, o presidente da Assembleia Legislativa fechou o Materno
Infantil "Sinhá Castelo", para onde os equipamentos deveriam ir, e
passou a destinar toda a verba da saúde pública municipal para a unidade
particular, pertencente a ele próprio, a "Maternidade da Morte".
No esquema, Humberto Coutinho ainda chegou a apresentar notas na
prestação de contas para justificar a compra dos equipamentos para a
implantação da UTI, mais os equipamentos que supostamente foram
comprados com o dinheiro do convênio nunca foram realizadas.
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