O atentado a liberdade de imprensa e de informação contra o editor do ATUAL7, Yuri Almeida, ocorrido no setor de Recursos Humanos da Assembleia Legislativa do Maranhão repercutiu na imprensa maranhense.
Pelo menos parte dela.
Na segunda-feira 28, o blogueiro foi expulso do RH da AL-MA, durante investigação sobre a existência de funcionários da fantasmas na Casa. Almeida averiguava a informação de que a diretora-ajunta do setor, Luana Saboia Almeida, embolsa quase R$ 10 mil mensalmente sem precisar pisar no local de trabalho, quando foi expulso do local por seguranças da AL-MA. Luana é filha do juiz Luiz Gonzaga de Almeida Filho.
Diversos blogs e portais de todo o Maranhão repercutiram a notícia, alguns prestando solidariedade a Yuri Almeida, e revelando ainda que também são vítimas das mesmas atitudes coronelistas sofrida pelo blogueiro durante a produção da reportagem.
A repercussão foi feita, até a publicação desta matéria, pelo Blog do Linhares Júnior, Blog da Kelly, Correio Buritiense, SJ Notícias MA, Blog do Sabá, Ilha Rebelde 1969, Carlinhos Filho, Maranhão News, Neto Weba e Robert Lobato.

Fantasmas

Apesar de, recentemente, diversos jornalistas se unirem em torno da defesa do profissionalismo da imprensa maranhense, após publicações de imagens do suicídio de uma jovem, esses mesmos jornalistas profissionais e alguns outros blogueiros conhecidos em todo o Maranhão se ausentaram de omitir qualquer opinião sobre o atentado contra a liberdade de imprensa e de informação sofrida por Almeida.
Não há ainda certeza, mas pelo que apura o ATUAL7 parte esmagadora de jornalistas e blogueiros decidiram não se manifestar sobre o atentado contra a profissão deles próprios justamente por se enquadrarem na serie de reportagem que motivou o abuso de autoridade por parte do Major Diógenes e Sargento Vasconcelos contra Yuri Almeida: suspeita de serem funcionários fantasmas.
Ocorre que, apesar de visitarem a Casa do Povo e repercutirem em seus sites, blogs, programas de rádio e de TV, esses profissionais não produzem absolutamente qualquer matéria ou reportagem para a Comunicação ou para a Presidência do Poder Legislativo estadual, o que os torna funcionários fantasmas. Pela legislação, a divulgação de matérias em veículos de comunicação deve ser feita, quando de maneira paga, por meio de uma agência de publicidade ou de imprensa contratada exclusivamente para este fim. Cabe à agência, neste caso, contratar os profissionais, seguindo critérios decididos em contrato com o poder públicos.
Até agora, pelo menos 10 profissionais da comunicação maranhense já foram identificados em situação ilegal, em levantamento feito pelo ATUAL7 na lista fornecida pela Assembleia ao Poder Judiciário, após ser acionada judicialmente a cumprir tal determinação. Todos com altos salários. A relação de nomes, porém, pode ser bem maior, e será publicada pelo ATUAL7 nos próximos dias, após a confirmação da existência de outros envolvidos na irregularidade.