A categoria, que está em greve há 15 dias, reivindica reajuste salarial de 16%.
SÃO
PAULO - Os bancários rejeitaram hoje (20) a proposta da Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban) de 7,5% de reajuste e retirada do abono,
após reunião realizada para negociar o fim da greve, no Hotel Maksoud
Plaza, capital paulista.
De acordo com o Sindicato dos Bancários
de São Paulo, Osasco e Região, o Comando Nacional dos Bancários quer
discutir aumento real e orienta a categoria a manter a greve forte. A
negociação continua amanhã (21), a partir das 11h.
Os bancários
estão em greve há 15 dias. Ontem (19), segundo a Confederação Nacional
dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), 12.496 agências e
40 centros administrativos paralisaram suas atividades nos 26 estados e
no Distrito Federal.
Eles reivindicam reajuste salarial de 16%,
incluindo reposição da inflação, mais 5,7% de aumento real, participação
nos lucros e resultado (PLR), equivalente a três salários mínimos, mais
R$ 7.246,82, melhores condições de trabalho e fim das demissões, entre
outros.
“O desrespeito dos bancos continua. Amanhã, a greve
completa 16 dias, sem avanço até o momento. Queremos discutir um
reajuste digno do esforço dos bancários e correlato aos ganhos reais dos
bancos. Não podemos aceitar perda salarial”, disse, em nota, Juvandia
Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e
Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
“Os
bancos apresentaram uma proposta que reduz ainda mais os salários.
Reiteramos nossa disponibilidade de negociar nova proposta. Por
enquanto, a orientação é manter a greve forte. A negociação será
retomada amanhã às 11h”, informou Roberto Von der Osten, presidente da
Contraf-CUT e também coordenador do Comando Nacional.
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