Palácio dos Leões fecha as portas para deputados

Palácio dos Leões

Até dezembro do ano passado era comum a presença de vários deputados circulando pelos corredores internos e externos do Palácio dos Leões. Agora é diferente.

Geralmente os parlamentares iam tratar de suas demandas ou mesmo ficar mais próximo do governador para acompanhar sua agenda ou matar a curiosidade sobre as próximas ações governamentais.

Os leões engrossaram as patas e afiaram as garras. Pode ser deputado federal ou estadual, mas só entra quem estiver previamente agendado. Do contrário, não passam nem dos portões principais. Só na semana passada seis da base aliada foram barrados.

Cinco deles informaram ao blog que a ordem foi do secretário Márcio Jerry. Claro que quem mandou foi o governador, mas ele precisa de escudo para se proteger e ficar longe dos alvos dos deputados.

Ontem, no gabinete da presidência da Assembleia Legislativa a base tentou se rebelar. Teve até quem sugerisse uma moção de repúdio ao secretário Márcio Jerry e suspensão da votação das matérias governamentais. mas nada avançou ao primeiro rugido dos leões.

Essa tática de colocar uma pessoa para centralizar é antiga e funcionava bem no período da ditadura militar. Agora, na ditadura comunista, o secretário Jerry, talvez por falta de experiência, tem se mostrado apenas um recebedor e cumpridor de ordens.

Longe de ser um Golberi da Couto e Silva, articulador político da ditadura militar, respeitado pelos partidos, com quem conversava. O nosso Golberi é bem mais  próximo de ser reconhecido como um Zé Dirceu, que centralizou tanto poder nas mãos e acabou metendo os pés pelas mãos.

A propósito, o blog fará no início da próxima semana um editorial para mostrar as diferenças e semelhanças entre o Zé Dirceu de lá e o Márcio Jerry de cá. Aguardem!