SÃO
LUÍS - O reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Natalino
Salgado, reafirmou, nesta terça-feira (18), em entrevista à Rádio Mirante AM,
que a UFMA está sofrendo uma crise financeira grave. Nessa
segunda-feira (17), o reitor se manifestou em uma rede social sobre os
problemas da universidade e alertou que os cortes feitos pelo governo
federal na área da Educação podem comprometer as atividades na UFMA.
"Na
verdade, a universidade não está parada e não vai parar. Ela cresceu
muito, se interiorizou, mas nós estamos com dificuldades orçamentárias
depois de um corte violento do governo na Educação. Havia um compromisso
em ouvir os reitores do sistema federal, mas não fomos ouvidos e o
corte veio. Estamos vivendo uma crise financeira gravíssima. Os cortes
chegam a 50% do capital em investimentos nas universidades, dinheiro que
é usado para compra de livros, medicamentos, laboratórios, construção
de espaços físicos e manutenção. Isso é um prejuízo e provoca
desemprego. Cada universidade está fazendo um ajuste rigorosíssimo para
tentar sobreviver", afirmou.
"Estamos mobilizando as bancadas
políticas de todos os Estados e aguardando uma conversa com a nossa
presidente. Quando ela esteve aqui no Maranhão, fui encontrar
pessoalmente com ela e disse: 'Dilma, as universidades sofreram um corte
brutal e não vão sobreviver. Você precisa ouvir os reitores'. Então,
estamos aguardando essa reunião para mostrarmos que as universidades não
podem ser penalizadas, não podemos tirar o sonho dos nossos jovens",
ressaltou.
De acordo com Natalino Salgado, o ano letivo na federal
do Maranhão estará comprometido por causa dos cortes. "Estamos
precisando de 18 a 20 milhões para pagar as contas até o final do ano.
Nós vamos começar o ano letivo, mas não vamos terminar", disse.
Ainda
segundo Natalino, a UFMA já demitiu 140 funcionários terceirizados. "A
partir de setembro, a maioria das universidades não vai ter recursos
para manutenção. Várias universidades já decretaram encerramento do
semestre por inviabilidade financeira. Estamos querendo que retorne
aquilo que foi aprovado no Congresso Nacional, não estamos querendo
recursos novos", disse.
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